Leitura da Alma



“Solidários, seremos união. Separados uns dos outros seremos pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos.”


Bezerra de Menezes




domingo, 18 de setembro de 2011

Pirulito que já bateu

Qual a arma mais eficiente contra arruaceiros alcoolizados? Pirulito. Sim, o bom e velho pirulito, pacificamente. Uma experiência em Victoria, cidade de 330 mil moradores e capital da Columbia Britânica, no Canadá, está combatendo a violência de adultos com o doce típico de crianças. A ideia bem-sucedida foi da vereadora Charlayne Thornton-Joe. Como as formas tradicionais de prevenção não estavam funcionando, ela pegou o marido, pediu ajuda da polícia e foi para as ruas. O primeiro teste com a distribuição de pirulitos aconteceu no início do mês no Canada Day, grande evento que reúne multidões nas ruas e é marcado por muitas confusões, principalmente depois que os bares fecham.

- Tinha ouvido sobre experiências alternativas no Reino Unido e resolvi tentar em Victoria - explica Charlayne, que está no terceiro mandato, à Revista O GLOBO. - Há muito tempo faço pesquisas na área do comportamento social. E decidi usar os pirulitos como forma de conter os beberrões nas ruas. As pessoas gostam de receber coisas grátis. É assim que começa a funcionar. E é difícil um cara bancar o valentão com um pirulito na boca.

A vereadora está à frente de uma força-tarefa criada em 2009 para acabar com brigas, vandalismo, baderna e os famosos mijões em vias públicas - dos dois sexos. Depois de muitas reuniões e diversas campanhas que não apresentaram os resultados desejados, a comissão se rendeu ao pirulito, que é patrocinado por empresas que anunciam em eventos da prefeitura. Mais de dez mil já foram distribuídos nas áreas mais turbulentas de Victoria.

- O efeito é imediato. Quando a pessoa põe o pirulito na boca, ela deixa de gritar e fica mais calma. Mas o pirulito não é o único responsável pela queda nos índices de violência em Victoria. Ele é parte de uma engrenagem de política pública - diz ela, reconhecendo que o açúcar da guloseima é um elemento pacificador importante na empreitada.

O próximo passo de Charlayne é convencer a polícia local a abraçar oficialmente o projeto e tornar obrigatória a distribuição de doces em bares e táxis. Autoridades acreditam, entretanto, que os policiais terão muita resistência em colocar no cinto, ao lado da arma, alguns pirulitos coloridos. Pode abalar a fama de macho man dos integrantes da corporação.

Fonte de pesquisa: Revista o Globo

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