O deputado federal Anthony Garotinho é um parlamentar produtivo, polivalente. Cuida, ao mesmo tempo de duas CPIs: a da CBF que cresce como rabo de cavalo e a que pretende investigar o Consórcio Águas do Paraíba, em Campos, que arde como uma batata quente nas mãos de sua bancada de vereadores.
Uma na Câmara Federal, outra na Câmara Municipal. Ambas nulas!
No caso da CBF, o deputado sabe que as chances de viabilizá-la são menores que zero, mas isso não importa. O objetivo era aproveitar a carona que a proposta já deu na mídia. Por algumas semanas, garantiu vitrine. Bingo! A meta imediatista foi alcançada. Mandatos rasos são assim mesmo.
Quanto a CPI que deveria investigar o Consórcio Águas do Paraíba as razões ficaram turvas. Afinal, a empresa concessionária já convive muito bem com o governo municipal há quase 3 anos e até aqui não se ouviu uma única voz, por mais tímida que fosse, questionar os termos do contrato que regula o serviço prestado. Então por que a CPI? Pelo visto, o deputado não tinha nada de útil para falar, então resolveu “provocar reações de seus desafetos”. Uma CPI que se pretendia “ameaçadora”, “intimidatória”. Uma espécie de revide eleitoral. Quanto escracho! É a ditadura do Partido Único, da mídia única e da passividade coletiva, da anemia cidadã.
Os meios institucionais ao serviço de interesses mesquinhos, minúsculos.
O mais grave é que tudo isso tem como cenário o Parlamento municipal, aos auspícios da população que paga caro para assistir performances medíocres como essas.
Os céticos dirão, ora é assim mesmo, isso é política, o melhor é jogar uma lona por cima e fica tudo em casa. Outros , no entanto, fizeram a leitura indisfarçável: é hora de enfrentar esta impostura com a seriedade que a luta exige. De que lado está você?
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