Leitura da Alma



“Solidários, seremos união. Separados uns dos outros seremos pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos.”


Bezerra de Menezes




domingo, 31 de julho de 2011

Contas e orçamento municipal não fecham

Phillipe Moacyr


O orçamento bilionário da Prefeitura de Campos, avaliado em cerca de R$ 1,9 bilhão, não tem garantido a quitação em dia dos compromissos financeiros firmados com empreiteiras e convênios. O resultado são obras, como a de urbanização do canal Campos/Macaé, na avenida José Alves de Azevedo, e a do sambódromo, na avenida Alberto Lamego, com frentes de trabalho reduzidas e entidades assistenciais e hospitalares ameaçando paralisar as atividades devido ao atraso no repasse de verbas.
Em entrevista à Folha, no último dia 22, o presidente do sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário do Norte e Noroeste Fluminense, José Carlos Eulálio, disse estar recebendo denúncias do não pagamento pelo poder público às empreiteiras contratadas para a execução de obras na cidade. “Fui informado do problema pelas próprias empresas, durante audiência na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), no Rio, para discutir reajuste salarial de 18% para a categoria. Elas afirmaram que só poderiam conceder 8% de aumento porque não estavam recebendo da prefeitura”.

José Eulálio afirmou ainda que, nos três primeiros meses desse ano, o sindicato homologou mais de 2 mil rescisões de contrato. Em junho foram outras 900. “Como as empresas não têm como pagar os salários, elas estão demitindo. Estou há 19 anos no sindicato e essa foi a primeira vez que fiz tantas rescisões de contrato como a do início deste ano”, disse o sindicalista, destacando que recebeu elogios pela maneira como a matéria, denunciando o não pagamento às empreiteiras, foi conduzida, já que as empresas não podem falar nada sobre o assunto, devido ao contrato com a prefeitura.

Para o jornalista e ex-prefeito de Campos, Sérgio Mendes, que foi o entrevistado do Folha no Ar no último dia 19, problemas como esses têm ocorrido por falta de planejamento por parte do poder público. “É lamentável uma cidade que provavelmente chegará a quase R$ 2 bilhões de arrecadação este ano estar diante de uma realidade como essa. É ainda mais vergonhoso, instituições como o Educandário dos Cegos, Apoe e Apae precisarem ir para a imprensa reclamar do atraso no repasse de recursos pela prefeitura. O Abrigo João Viana não recebe há cerca de três meses. Existem também hospitais, como os Plantadores de Cana,  na mesma situação”.

Na opinião de Sérgio Mendes, que foi prefeito entre os a-nos de 1993 e 1996, o mais grave é a mídia oficial tentar mostrar que “a cidade está um mar de rosas”. A prefeita, segundo ele, deveria vir a público dar uma satisfação ao povo. “Cabe aos órgãos responsáveis como a Câmara, Ministério Público Federal e Estadual investigar o que está acontecendo e pra onde a verba está indo”, indagou ele.


Fonte de pesquisa: http://www.fmanha.com.br/

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