Reboque apreendido por irregularidade

Como previsto em convênio firmado na semana passada e cujos detalhes foram discutidos na última terça-feira, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) passou a auxiliar o trabalho de remoção dos veículos apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e que estavam acomodados à margem da rodovia BR 101, ao lado do posto policial, em Ururaí. O acerto entre os órgãos, entretanto, causou surpresa à direção do depósito municipal Pátio Norte, que já estaria, há cerca de um ano, em negociação com a PRF sobre a assinatura de um convênio para transportar e acautelar veículos apreendidos pela corporação. Na tarde de terça-feira, o reboque da empresa conveniada ao DER e que fazia o transporte dos veículos acautelados pela PRF foi apreendido pela Polícia Militar por seu condutor não estar devidamente habilitado.

De acordo com a assessoria de comunicação do DER, a PRF iniciou as ações no final de semana a partir de um acerto feito diretamente com a empresa conveniada ao órgão estadual, que só teria iniciado sua participação na terça-feira, após reunião para discutir detalhes da parceria. A assessoria afirmou que, por enquanto, o trabalho está sob responsabilidade da PRF e que o DER está apenas auxiliando, mas que as ações serão intensificadas, a partir da forma-lização do convênio.

A direção do Pátio Norte informou que os veículos removidos da margem da rodovia federal não estão sendo levados para seus depósitos e orientou que os proprietários procurem a PRF para se informar sobre o destino de seus veículos e procedimentos a serem tomados para recuperação. Em relação à parceria com o Pátio Norte, o assessor de comunicação da PRF em Campos, Iuri Guerra, alegou que ainda não foi assinada e não tem como saber o andamento do processo de negociação do convênio.

O advogado do depósito municipal, Luiz Leandro Leitão, afirmou que, apesar da necessidade da retirada dos veículos que estavam acautelados pela PRF ao lado do posto em Ururaí, deve-se ter cautela quanto às observâncias legais, quando se trata de serviços prestados à administração pública.

— Ficamos surpresos com o comportamento operacional da empresa responsável pela remoção, devido à ausência de lacres nos veículos, de identificação de seus reboques e uniformes para seus funcionários. Essa empresa também mantém seu depósito em São Francisco de Itabapoana, onde não há um escritório para atendimento ao público. Sem falar na distância, que encarece o serviço de reboque — ressaltou Luiz Leandro.

Em relação à apreensão do reboque na terça-feira, o DER admitiu se tratar de uma situação contraditória, já que o veículo é usado justamente para transportar outros irregulares, mas alegou que a responsabilidade é da empresa contratada, cujo nome não soube informar.

Fonte de pesquisa: http://www.fmanha.com.br/